sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Jornalista: Ser ou não Ser!?

                Desde a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no ano passado o curso de jornalismo está em foco na maioria dos debates e congressos sobre tal profissão. Mas porque o STF tomou a decisão de “derrubar” o diploma de jornalismo e qual o real motivo de tanta “revolta” por parte dos estudantes e profissionais desta categoria?
                Para o STF o diploma de jornalismo fere a constituição no artigo 5º, que deixa claro que é livre para qualquer cidadão a liberdade de expressão. Mas os ministros do STF não estariam confundindo liberdade de expressão com Liberdade de Imprensa? Também podemos perceber uma influência da história do jornalismo no mundo, onde no séc. XIX o jornalismo era totalmente opinativo e qualquer pessoa que tivesse condições financeiras poderia ter um jornal e escrever nele o quanto desejar, porém o jornalismo só adquiriu o caráter informativo e teve início a preocupação com a formação acadêmica do jornalista no final do séc. XIX, dando origem ao jornalismo que conhecemos hoje.
                Eu como estudante de jornalismo me sinto um tanto assustado e tranquilo ao mesmo tempo. Assustado, pois penso que posso está jogando fora 4 anos de minha vida me tornando um profissional que não precisa da formação acadêmica em jornalismo para exercer a profissão escolhida. E me sinto tranquilo por que sei que o mercado de trabalho é exigente e apenas os mais competentes e qualificados conseguem garantir seu espaço independente da mídia escolhida para se trabalhar.
                Em setembro de 2009 o Fórum de Professores de Jornalismo sobre a presidência do professor da UFG (Universidade Federal de Goiás) Edson Luís Spenthof enviou ao MEC uma proposta para o curso de jornalismo. Neste documento estão questões sobre o histórico do curso, a relação entre sociedade e mídia e uma proposta de diretrizes para a graduação, que discute assuntos como o ensino do jornalismo, a autonomia curricular do profissional e a identidade do curso.
                Para o professor Edson hoje no Brasil não existe de fato o profissional de Comunicação Social. Até existe a graduação em comunicação social, porém dentro da faculdade o aluno deve escolher alguma área de atuação (jornalismo, publicidade e propaganda, relações públicas, etc.). O professor defende a proposta de que a comunicação social deve passar a ser a grande área de atuação de tais cursos e não uma subárea das Ciências Sociais Aplicadas. Com isso estas profissões ficariam mais fortalecidas tanto em uma Instituição de Ensino Superior quanto no mercado de trabalho.
                Novamente afirmo que me sinto sim assustado devido a esta situação, mas cada vez me vejo mais tranquilo com este fato, pois sei que é uma forma de me cobrar e de me esforçar ainda mais para garantir meu espaço e o prestígio tão desejados no mercado de trabalho.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ao mais novo Profissional de Marketing...

        Esse cara, que apesar de ser um irmão chato pra c* merece e muito esta nova conquista em sua vida ! Venho prestar esta singela homenagem a meu irmão que ontem apresentou seu Trabalho de Conclusão de Curso e, junto com seu grupo, fizeram o melhor trabalho de Propaganda e Marketing da UNIP aqui em Goiânia !
        E o Marcus, meu irmão, mais do que ninguém merece esta conquista e esta vitória, depois de tudo o que ele já passou, de todas as provações e dificuldades... E apesar de tudo ele continuou lutando e se superando cada vez mais...
       Manolo, saiba que te adimiro imensamente e que também aprendo com você a cada dia... Mesmo não conseguindo demonstrar isto em gestos ou palavras, saiba que você, assim como o Pedro, são meus orgulhos e sempre vou admirá-los...


       É  isso, não vou ficar me demorando muito aqui não, acho que a homenagem já tá mais do que suficiente ! E meus mais sinceros parabéns a você Marcus... Só não me fica enchendo muito agora com o papo de "Paseeeeeeei, Formeeeeeeei" viu?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Entre o ser e o ter eu escolho o equilíbrio !

        O consumismo sempre foi assunto de discussão na sociedade contemporânea. Questões sobre o individualismo, a valorização do ter em detrimento do ser e a relação entre dinheiro e felicidade também fazem parte de diversos estudos sobre a sociedade atual. A preocupação com tais assuntos é observada devido ao sistema econômico dominante. O capitalismo tem como base o acúmulo de capital e a valorização do "ter para ser". Porém, não é porque vivemos no capitalismo que devemos aderir totalmente a ele.
        Não que consumir ou acumular capital sejam coisas ruins - pois são necessárias para a vida em sociedade hoje - mas a aquisição desenfreada de bens como está acontecendo é prejudicial ao SER humano. Acabamos por esquecer valores, emoções ou sentimentos devido a apenas alguns reais na conta ou um carro novo na garagem.
         Com o crescente sucesso das redes sociais (Twitter, Facebook, Orkut) no Brasil a oposição entre o ser e o ter está mais em pauta do que nunca. Seja quando discutimos que a questão do "eu" vem sendo mudada ou que para sermos alguém é obrigatório termos algo. A perspectiva do "eu" está se alterando porque hoje percebemos que grande parte das pessoas que frequentam as redes sociais consideram que que não faz parte destas redes não faz parte também da mesma sociedade. A partir das redes sociais o termo "sociedade do espetáculo" está bastante presente em nossas vidas. Tudo o que fazemos ou conquistamos vira um "show" que outras pessoas irão assistir e tecer comentários sobre.
         
        
         O que temos que perceber e entender é que podemos usar do consumo, das redes sociais, da "sociedade do espetáculo" como maneiras de formar o "eu" de cada um e de criar relações com outras pessoas. Mas devemos ter cuidado para que o individual não sobreponha o coletivo e vice-versa, deve-se haver um equilíbrio nesta relação e em tudo em nossa vida.
         Tal equilíbrio pode ser exemplificado através de pessoas que mesmo vivendo em uma sociedade capitalista conseguem exaltar o ser em detrimento do ter. Pois não se sentem fascinados pelas mais belas vitrines, compram apenas o que necessitam e se relacionam com as pessoas sem sobrepor o individual ou o coletivo. E através de tal equilíbrio se sentem simplesmente felizes.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Fotos, fotos e mais fotos !

        Bem a partir de agora também colocarei algumas fotos aqui no blog... Por enquanto são fotos que tiro nas aulas da faculdade mesmo, mas como pretendo comprar uma câmera pra mim então posteriormente irei colocar as que tiro por conta própria !
        Nesta primeira "leva" tem algumas fotos que tirei na Praça Cívica aqui em Goiânia e uma em especial no estúdio da faculdade, que foi bastante sem querer, mas que ficou bem bacana !














*Fotos elaboradas para o 3º Período da Faculdade Araguaia*

terça-feira, 16 de novembro de 2010

“Apesar de possíveis coincidências com a realidade, este filme é uma obra de ficção!”

             
            O filme Tropa de Elite 2 narra à continuação da história do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) que teve início no Tropa de Elite 1. Neste segundo filme da franquia temos algumas mudanças com os personagens e com a narração. Esta continuação se passa alguns anos após o término do primeiro e durante este tempo houveram algumas mudanças quanto a vida dos principais personagens. O Capitão Nascimento – protagonista do filme – se separa de sua esposa e sobe na hierarquia do BOPE, passando a ser Coronel. O soldado Matias vira então o Capitão do Batalhão e a esposa do Coronel Nascimento se casa novamente, agora  com um professor de história que é a favor dos direitos humanos e tem uma rixa com o Coronel Nascimento.
            Neste filme temos a problemática das milícias na cidade do Rio de Janeiro e a política é bastante abordada também, pois o Coronel Nascimento, após ser exonerado do BOPE devido a uma missão falha, vira subsecretário de segurança do Rio de Janeiro. Como o Nascimento passa a fazer parte de um órgão público consegue perceber como realmente funciona a política e tenta combater o crime organizado combatendo também o sistema, que segundo ele é falho e a causa os crimes que veem ocorrendo no Rio.
            Em Tropa de Elite 2 o diretor José Padilha tem uma narração diferenciada se comparado ao primeiro. Neste conseguimos perceber que a questão política está muito mais problematizada e não temos a “matança” do primeiro.
            O jornalismo também é bastante explorado no filme. Através da personagem Clara, vivida pela atriz Tainá Muller, o filme explora o campo jornalístico e ainda consegue polemizar em cima deste assunto. Esta personagem é uma jornalista que tem acesso a informações importantes referentes a relação das milícias com alguns políticos do Rio de Janeiro. E devido a pressão da própria profissão e também da carreira ela se arrisca a conseguir o furo a qualquer custo, arriscando sua vida e a de seu fotógrafo. Em alguns diálogos do filme conseguimos perceber questões bem delicadas para o jornalismo.  Quando a jornalista Clara conversa com seu editor sobre a matéria das milícias e quando – após a morte da jornalista – o deputado Fraga também tem uma conversa com este editor sobre a mesma matéria por exemplo.
            Ao final do filme o expectador pode sair do cinema bastante satisfeito, tanto com o filme quanto com o cinema brasileiro, e bastante revoltado com o atual cenário brasileiro. Pois, apesar do aviso de “Apesar de possíveis coincidências com a realidade, este filme é uma obra de ficção” que vemos no início do filme não conseguimos sair dele sem um pingo de revolta e por que não esperança com o Brasil.



*Resenha elaborada para o 3º Período da Faculdade Araguaia*

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tintas e acordes !

A perfeita sintonia entre artistas para criar um trabalho único.

Quem conhece ou já participou da gravação de um álbum musical sabe o tanto que é complicado expressar tantos sentimentos ou situações em letras e melodias, só que mais difícil ainda é sintetizar todo este baú de emoções em um encarte de CD. Trabalho que a banda Pitty e a artista plástica Catarina Gushiken conseguiram concluir com êxito.
            Na gravação de seu último álbum, intitulado Chiaroscuro – palavra em italiano que significa literalmente claro-escuro –, a banda teve a presença desta artista que foi convidada para pintar, durante os dias de gravação do CD, um painel que posteriormente teria uma parte transformada na capa do disco.
Enquanto Catarina ouvia as músicas sendo criadas e produzidas colocava na tela tudo o que estava vendo, ouvindo e sentindo. “A delicadeza e a precisão dos traços, a técnica que ela usa e as imagens que surgiram me deixaram hipnotizada a ponto de ficar horas sentada, só olhando ela pintar” expressa a vocalista da banda que escreveu a maioria das letras presentes em Chiaroscuro. Através de traços delicados, desenhos característicos e nuances bem escolhidas a artista ia expressando tudo aquilo que pode ser sentido pelas músicas do álbum.
            O resultado desta parceria foi um trabalho único e essencialmente simples. Catarina conseguiu sintetizar toda a mensagem que a banda passa através deste CD e de outros trabalhos posteriores em que também usaram partes do quadro pintado pela artista.




*Artigo elaborado para o 2º Período da Faculdade Araguaia*

Diário !

Bem...
Começar alguma coisa é sempre difícil, ainda mais um blog e ainda mais para um "jornalista" como eu ! Mas é sempre bom também... Espero que com este blog eu consiga me expressar e mostrar para meus futuros leitores o meu trabalho e tudo o que estou aprendendo na faculdade e também com minha futura profissão de jornalista!

Para quem ficou curioso sobre o título do blog eu explico... Para quem não sabe os novos jornalistas são carinhosamente chamados de Foca. Ninguém sabe ao certo o porque deste apelido, mas o fato é que ele pegou e provavelmente serei chamado por ele muitas vezes.

De início é isto, espero realmente que este blog dê certo e assim como minha vida na profissão escolhida, pois assim como disse a Jornalista Maria Fernanda Vomero pra a Folha Online: "Vida de foca decididamente não é fácil."