segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Entre o ser e o ter eu escolho o equilíbrio !

        O consumismo sempre foi assunto de discussão na sociedade contemporânea. Questões sobre o individualismo, a valorização do ter em detrimento do ser e a relação entre dinheiro e felicidade também fazem parte de diversos estudos sobre a sociedade atual. A preocupação com tais assuntos é observada devido ao sistema econômico dominante. O capitalismo tem como base o acúmulo de capital e a valorização do "ter para ser". Porém, não é porque vivemos no capitalismo que devemos aderir totalmente a ele.
        Não que consumir ou acumular capital sejam coisas ruins - pois são necessárias para a vida em sociedade hoje - mas a aquisição desenfreada de bens como está acontecendo é prejudicial ao SER humano. Acabamos por esquecer valores, emoções ou sentimentos devido a apenas alguns reais na conta ou um carro novo na garagem.
         Com o crescente sucesso das redes sociais (Twitter, Facebook, Orkut) no Brasil a oposição entre o ser e o ter está mais em pauta do que nunca. Seja quando discutimos que a questão do "eu" vem sendo mudada ou que para sermos alguém é obrigatório termos algo. A perspectiva do "eu" está se alterando porque hoje percebemos que grande parte das pessoas que frequentam as redes sociais consideram que que não faz parte destas redes não faz parte também da mesma sociedade. A partir das redes sociais o termo "sociedade do espetáculo" está bastante presente em nossas vidas. Tudo o que fazemos ou conquistamos vira um "show" que outras pessoas irão assistir e tecer comentários sobre.
         
        
         O que temos que perceber e entender é que podemos usar do consumo, das redes sociais, da "sociedade do espetáculo" como maneiras de formar o "eu" de cada um e de criar relações com outras pessoas. Mas devemos ter cuidado para que o individual não sobreponha o coletivo e vice-versa, deve-se haver um equilíbrio nesta relação e em tudo em nossa vida.
         Tal equilíbrio pode ser exemplificado através de pessoas que mesmo vivendo em uma sociedade capitalista conseguem exaltar o ser em detrimento do ter. Pois não se sentem fascinados pelas mais belas vitrines, compram apenas o que necessitam e se relacionam com as pessoas sem sobrepor o individual ou o coletivo. E através de tal equilíbrio se sentem simplesmente felizes.

3 comentários:

  1. Eu sigo estes mesmos passos. Do equilíbrio.
    O problema é que tudo é meio sistêmico, o mundo só melhora se eu melhorar, e eu só melhoro com um mundo melhor. As influências de cada ambiente determinam o ethos.

    Que bom que você conseguiu traduzir tudo isto de forma bem inteligível, Du.
    Particularmente tento trabalhar como oposição do capitalismo para ai manter o equilíbrio. O mundo já é capitalista. Acho que uma ideia totalmente oposta não é perfeita, mas é a que pode ajudar a equilibrar.

    O fato é que não sabemos ainda o que é e muito menos como fazer este equilíbrio acontecer. Cada um tenta da sua forma. A única certeza que tenho é que tudo é sistêmico e interligado. Totalmente.

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  2. A concerteza uma ideia oposta pode ajudar a chegarmos ao equilíbiro João ! Mas como você disse, essa ideia pode não ser perfeita né, mas ajuda !
    E também acho que cada um deve tentar de sua forma chegar a tal equilíbrio, semprem buscando melhorar !

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